Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador josessandro Andrade. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador josessandro Andrade. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Música sobre Meio Ambiente é lançada após 30 anos


"Banquete aos abutres", música cantada por César Amaral, trata das questões ambientais, como agressões a Natureza. O desmatamento, a matança de animais, a poluição de rios e nas grandes cidades, o extermínio das populações indígenas, o garimpo ilegal e ofensiva do latifúndio.

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Marcos das Artes: De Sertânia para o mundo


Por: Josessandro Andrade

Quem acredita que em arte o talento é tudo para o sucesso ou o fracasso, idealiza e romantiza com superficialidade, banalizando a atividade artística. Óbvio que o talento é essencial, mas sem o trabalho, o esforço, a dedicação, o estudo, o aprimoramento e o foco, as coisas não fluem como podem fluir. Não se deve confundir sucesso com fama. Alguém ter sucesso não passa necessariamente por ser famoso, assim como nem todo famoso é verdadeiro o seu sucesso.

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Feira da Cacimbinha: um Sertão fértil da gente


Por: Josessandro  Andrade

A Feira da Agricultura familiar do Assentamento Cacimbinha é um importante espaço em forma de evento, que tem um conjunto de agricultores e criadores expondo seus produtos. Desde caprinos, ovinos, galinhas e ovos de capoeira, mudas de pimentão, capina, entre muitos outros. Além do encontro, dos diálogos, troca de informações, ideias e projetos.

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

O sertão em festa: quando o poeta Josessandro Andrade completa mais um verso de vida


O Poeta Josessandro Andrade completou no último dia 22 de outubro idade nova. Ele que é também compositor, autor teatral, cordelista, professor e jornalista está vivendo um dos melhores momentos da sua vida.  Ainda comemorando o fato de que em 2025 sua carreira como artista da palavra deslanchou a nível internacional, recentemente completou 5 anos de relacionamento com sua esposa, a Artista Maria Helena, e hoje festeja também a presença em Sertânia de sua mãe (também Maria Helena), na casa dela, já há alguns dias na Ladeira de Francisquinho (onde o poeta nasceu e foi criado). E foi com elas que Josessandro passou o dia, onde recebeu mensagens dos amigos, familiares, filhos, e recebeu homenagens dos artistas e personalidades da cultura. Ainda tirou um tempo para visitar o Poeta José Carneiro, “A Lenda do Verso Livre”, de quem é amigo pessoal, e escreveu a orelha do livro “Alguma Poesia”.

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Josessandro Andrade conquista espaço no cenário literário internacional


Com sua participação no FLIC – Fórum Internacional de Literatura e Cultura, que ocorrerá em Genebra, na Suíça, de 1º a 3 de outubro, de forma presencial e online, Josessandro Andrade marcará presença na abertura oficial, às 17h, e no Sarau Literário, às 20h, ambos em participações virtuais.

domingo, 27 de abril de 2025

Livro em espanhol traz Poema de Josessandro Andrade na Feira do Livro de Buenos Aires


Ontem, dia 26 de abril, no La Rural, Prédio Ferial, dentro da Programação da 49ª Feira Internacional do Livro de  Buenos Aires, foi realizado o lançamento do Livro “Cem mejores poetas contemporâneos”, com poemas e biografias traduzidos paro espanhol. O Poeta  sertaniense Josessandro Andrade foi um dos selecionados para figurar na obra. Ele está no livro, com sua biografia na pagina 106, e com o poema “O Reino encantado de Jeirtacó”, nas páginas 107 e 108. A  Feira Internacional do Livro de Buenos Aires é um um importante evento cultural e editorial da América Latina, e uma das cinco maiores feiras de Livro do mundo. Este ano o evento ocorre pelo 49º ano.

A obra reúne Poetas brasileiros e argentinos, é uma coletânea de Poemas traduzidos para o idioma espanhol, reunindo uma seleção de 100 autores contemporâneos, a exemplo de Adélia Prado e Pietro Costa (Brasil) e Nelson Fabian Irrazabal (Argentina). o Poema "O Reino encantado de Jeritacó", (título dado por Antônio Amaral), foi traduzido pra o espanhol. O poema é uma exaltação a civilização que inicia o processo de povoamento do Sertão do Moxotó Ipanema, que no passado pertencia a Alagoa de Baixo, e hoje pertence a Ibimirim, próximo ao Açude Poço da Cruz. O Poema já foi musicado, tornando - se uma forró muito apreciado por integrantes da família Siqueira, em Ibimirim. 

Realizado pela Literarte, o livro lançado, com um Sarau de poesia como atração pra abrilhantar o evento de lançamento. Para o poeta Josessandro Andrade, que não poderá estar lá de forma presencial, mas receberá os exemplares livrescos em casa, pelos correios, este acontecimento é uma marco para Sertânia como “República da Poesia”, e para o Sertão do Moxotó-Ipanema, enquanto “Vale fértil de prosa e poema”. Ele comemora afirmando que “A poesia de Sertânia e da nossa região está cada vez mais ganhando o mundo. É de nível internacional!”, celebra Josessandro. “Estamos muito felizes por mais essa conquista, podendo levar o nome de Sertânia e do Sertão do Moxoto Ipanema, numa trabalho traduzido para uma outra língua latina, como é o caso do espanhol, num outro país estrangeiro, como é o caso da Argentina, ainda mais numa capital como Buenos Aires, numa feira literária de Vigoroso prestígio internacional”, complementa Andrade.

49ª Feira Internacional do Livro de  Buenos Aires ocorre no La rural, acontece de 24 de abril a 12 de maio. A La Rural, Predio Ferial de Buenos Aires, fica localizado em Juncal 4431, 1425, Buenos Aries, Argentina.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Sertaniense Josessandro Andrade conquista Prêmio na Suíça


O Poeta Josessandro Andrade acaba de conquistar um importante prêmio literário, de caráter internacional. Trata-se do “Prêmio Suisse Excellence Littérature Network”, que é concedido pela Europa Literatura Network, e será oficializado no Salão Internacional do Livro de Genebra, na Suiça.  Josessandro está sendo premiado pelo livro “A Roda do Escárnio”, (Modena, SP).

O Prêmio é um reconhecimento pelo impacto e contribuição excepcionais a literatura na Suíça, Para Línia Brandt, da Europa Literatura Nework, O Prêmio Suisse Excellence Littérature Network 2025 “é um instrumento  abrangente e significativo para que um autor obtenha um valorização do que escreve e que sua voz possa passar a ser  ouvida com mais atenção no panorama da Literatura no Brasil e no Mundo”, afirma Línia. Tendo como cenário o Salão Internacional do Livro de Genebra, na Suiça, “encontramos ai o espaço da palavra ideal para inserção de um autoria literária junto aos que fazem literatura e ao mercado livreiro”, define Brandt. 

De acordo com  o poeta escritor Josessandro Andrade, com este prêmio e com sua participação no evento do Salão internacional do Livro de Genebra a fazer com que sua produção autoral chegue além dos mares, ainda mais, rumo a outra parte  do velho continente, a escandinava, obtendo reconhecimento internacional, com uma premiação desta envergadura. Segundo ele “ecoar minha escrita para o acesso de uma ampla plateia global, obtendo ressonância para minha produção em vasta camada de amantes da leitura e estudiosos da literatura, influenciando pessoas e inspirando vidas, trará resultados muito proveitosos”, diz Josessandro. Para ele, a repercussão será bastante impactante : “Destacar nossa obra num prêmio desta magnitude, facilitará a conexão do nosso nome e da nossa criação textual  a leitores e profissionais do segmento literário de todo o planeta” , define Andrade.

Obter o Prêmio Excellence Littérature Network 2025, sobretudo num evento como o Salão Internacional do Livro de Genebra, proporcionará oportunidade de ter sua poesia divulgada e celebrada numa feira literária de largo prestígio mundial. Isto pra Josessandro Andrade, cujo trabalho já tem uma presença no exterior, especialmente em Lisboa, Portugal, bem como em vários estados nordestinos como Sergipe, Rio Grande do Norte,  Alagoas e Paraíba, quer seja em publicações, quer seja através de participações em festivais, festas e feiras. No Rio de Janeiro, Josessandro Andrade faz parte da Academia de Ciências, Letras e Artes de Saquarema-RJ, cidade do litoral carioca.

Uma premiação como esta chancela a literatura de um autor para receber uma atenção especial, inclusive a possibilidade  de estudo e o debate nas universidades, bem como ter uma presença maior na imprensa (Rádio, TV, Jornais, revistas), nas escolas, nos eventos literários  e na sociedade como um todo. 

O Autor

Josessandro Andrade é poeta, compositor, autor teatral e cordelista. É autor de outros dois livros “Com Cheiro de mar e quixabeira” (2015) e “Coro das hienas” (2019). Tem músicas gravadas, peças teatrais encenadas e premiadas, além de ter vencido concursos literários. Trabalhos publicados em antologias no Brasil e no exterior. Sua Poesia viaja por várias escolas e estilos, sempre mantendo uma ligação com a cor local e uma visão questionadora do seu entorno. Participa recitando poemas nas Passeatas dos Sindicatos de trabalhadores rurais  e de professores, bem como de manifestações de entidades estudantis em sua terra e na região, além  da Caminhada Poética de Sertânia. Gosta de declamar Poesia nas feiras, nas escolas, nos bares, nos mercados, nas praças, perto do povo, dando voz ao mesmo e sendo voz dele. 

O Livro: “A Roda do escárnio”

O Livro de Josessandro Andrade, que conquistou o Prêmio Excellence Littérature Network 2025, "A Roda do escárnio" é um manifesto político de denúncia social. Sem resvalar pra uma linguagem panfletária, o “Poeta Companheiro” como também é conhecido tece uma ampla teia de temas críticos aos anos de trevas do bolsonarismo governando o Brasil. São tratados poeticamente no decorrer da obra, como o preconceito xenofobista contra os nordestinos (o que o nordeste oferece), o ataque a ciência, a universidade e a educação pública (Balbúdia), o desrespeito contra a história das vitimas da ditadura militar e as lutas libertárias do povo (“Areal – A Santa Cruz Carbonária – Poemas dos Casarios de Olinda, Monteiro & outras mais”), e o enfretamento dos conteúdos fascistas, a partir da recriação bem-humorada de seus próprios discursos (Pólvora alheia). 

segunda-feira, 22 de julho de 2024

O PODER, O SER & O TER - A DISPUTA ENTRE A PARTILHA DA ABUNDÂNCIA E O PROJETO DE ÓDIO E GANÂNCIA


Por Josessandro Andrade, Artista da Palavra

O exercício da prática política muitas vezes reflete a formação ideológica, consciente ou inconsciente do indivíduo. O comportamento humano na disputa pelo poder é frequentemente influenciado pela maneira como enxergam o mundo e a realidade. No jogo político, frequentemente se opõem: de um lado, a visão de sociedade baseada na inclusão, no pluralismo e no fortalecimento da democracia e da participação popular, a governança pelas mãos do povo versus o modelo voltado para elites, centralização do poder e decisões de cúpula, ou seja, a elitização do poder.

Dessa forma, podemos diferenciar dois polos antagônicos: os que buscam o bem coletivo versus aqueles que têm como objetivo principal o benefício pessoal. Enquanto os primeiros usam o poder para ações em prol do público em geral, sobretudo os mais necessitados, os outros priorizam atender a poucos com privilégios. O foco está na universalização das políticas públicas para todos versus o império da ganância por vantagens pessoais, usura e dinheiro fácil. Isso se origina da concepção de estado que cada um tem: o estado de bem-estar social para todos, ou o estado mínimo para atender as demandas de poucos, ou seja, das elites. Os líderes desses polos também têm origens e atuações distintas: os primeiros nas organizações populares e movimentos sociais, os segundos nos escritórios ostentadores das grandes corporações econômicas.

O destaque em usar o poder para servir ao povo é o oposto de quem quer o poder para atender a sua vaidade pessoal, status, prestígio e mando. Enquanto o primeiro tem como principal rumo de sua conduta o ideal do trabalho, o segundo tem no dinheiro sua principal ferramenta e argumento para conquistar (comprar) as pessoas. Para estes, a cobiça pelo poder, uma sede de mando, vira uma obsessão, um orgulho compulsivo, que consequentemente resvala para o prazer de oprimir. Enquanto o trabalho se norteia pela convivência pacífica e a tolerância, os partidários do dinheiro tendem a querer destruir a imagem ou eliminar até fisicamente os adversários, para quem são verdadeiros inimigos pessoais, cuja fúria não conhece limites. A História comprova tal afirmativa.

Assim, podemos concluir que, quando se está em lados contrários, trabalho versus dinheiro, é uma disputa entre consciência versus ego. Os que querem servir ao povo e os que querem o povo como servos de senhores feudais. As promessas de opulência do dinheiro escondem que é exclusivo para as elites, restando para o povo servo a escravidão pelo trabalho precário e mal pago. Com raras e honrosas exceções, os ricos não gostam dos pobres, muitos não querem vê-los bem, preferem o trabalhador sem direitos, como um escravo de luxo, para darem vazão à sua alma opressora. Isso vai desde o rico da casa grande até o bajulador do rico, que quer se sentir rico também. Enquanto o trabalho oferta horizontes para um futuro de fartura e distribuição de renda, de direitos sociais socializados.

Nesta disputa entre consciência e ego, temos como similar a oposição entre grandeza de alma e a pequenez de espírito. Isso faz com que as pessoas que se inserem ao lado da ganância e do ódio não levem em conta propostas ou qualidade administrativa, mas sim a potencialização do ódio acima de tudo (qualquer um é melhor que meu inimigo pessoal), o vale-tudo das agressões, das acusações gratuitas, sem reconhecer um milímetro de mérito nos oponentes e fabricando virtudes nos seus, que muitas vezes são simulacros de defeitos. É reflexo e muito disto o que cada um deposita no ambiente destas disputas, se energias positivas, boas vibrações, capacidade de perdão, grandeza de espírito, ou se emoções trevosas, ódio, rancor, orgulho, ressentimento, excesso de vaidade, azedume, retaliação, vingança, violência. A evolução na superação de mágoas e ranços é vista como fraqueza, enquanto a exacerbação das rixas e das iras é festejada como duelos das arenas medievais, aplaudidos pelo orgulho dos tolos, que batem nas próprias veias, como se o sangue que faz todos ter vida justificasse o ódio que muitas vezes gera o seu derramamento.

Afinal, como disse o poeta "Quem tem mel, dá o mel, quem tem fel, dá o fel, quem nada tem, nada dá..." (A Sagrada escritura dos violeiros).

A generosidade solidária do amor versus o projeto de ódio e ganância nos mostra o interior, a essência dos indivíduos e dos coletivos. À esquerda da mesa da humanidade, sentam-se abundância e partilha. Do outro lado, à direita dessa mesma mesa, o egoísmo e a mesquinhez. Ou ainda a humildade dos que vieram de baixo versus a arrogância dos que estão no topo das classes sociais. Qual a verdadeira riqueza? A material ou a interior? O ser ou o ter? O saber ou o cobre? Basta analisar a trajetória de cada um para verificarmos se é coerente com a conduta dos dias atuais. Entre o trabalho e o dinheiro, o passado, como chegou até aqui, o que fez para tal, de que modo. Se sempre se preocupou com a coletividade ou apenas com seus próprios interesses. Dessa reflexão, saberemos se queremos dar vez à consciência ou ao ego, se queremos na sociedade que prevaleça o amor ou o ódio, a fraternidade ou a ganância, a beneficência ou a avareza, o bem coletivo ou o interesse pessoal, a qualidade e o preparo ou o ódio e a incompetência. Da nossa escolha brotará o veredito, a nossa contribuição para a evolução da sociedade ou para a estagnação ou deterioração da mesma: se desejamos o diálogo com a esperança ou nos calar diante das trevas da ignorância.

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Evento Cultural: Cantares da Terra, na reinauguração da Casa dos Poetas, em Sertânia


Nesta Sexta-feira , dia 19 de Julho  tem Cantares da Terra, a partir das 19 horas, no Sítio Histórico da Rua Velha, no Centro antigo de Sertânia.  O Cantares da Terra é um evento multicultural de Sertânia, que apresenta as diversas linguagens artísticas e manifestações culturais. 

Com os Projetos realizados pela SAPECAS na Lei Paulo Gustavo. Haverá também Música  com os artistas Zé Luiz do Candeeiro (da cidade de Monteiro) , Romildo Silva (Douca), Maria Helena, Josiene Lira, Albany Amaral e Cieudes Bilina. Teremos Recital com os Poetas Flavio Magalhães, Marcos Rodrigues, Joselito Maciel (Neném das Cocadas) , Gabriel Oscar, Josessandro Andrade e muitos outros.  Na ocasião estaremos celebrando os 15 anos da SAPECAS Sociedade dos Poetas Escritores Compositores e Artistas de Sertânia e inaugurando a Nova Casa dos Poetas, no Espaço do Artista, ao lado da Casa da Cultura, na Rua Velha. 


Haverá lançamentos dos Projetos dos membros da SAPECAS realizados na Lei Paulo Gustavo: DVD Sarau Autoral (Gabriel Oscar), Projeto Poesia nas ruas (João Lúcio), Jornal Literário "0 Candeeiro" (edição Mestres do Moxotó e 15 anos da SAPECAS), além dos clipes musicais de Romildo Silva " Lindo olhar ( Romildo Silva) e Maria Helena com "Luas de mel" (Kalu Vital e Josessandro Andrade). 

  • O Evento Cantares da Terra começa às 19 horas e 30 minutos (7 e meia da noite) .
  • Realização ACORDES Associação Cultural de Sertânia 
  • Apoio Rádio Sertânia FM e SINTEMUSE Sindicato dos Trabalhadores municipais de Sertânia.


quinta-feira, 11 de julho de 2024

O FUTURO EM NOSSAS MÃOS


"...Um dia quando o Sertão
se preparar pro saber
Da carta do ABC
e dominar toda ciência
Terá auto suficiência
Será do mundo um celeiro
Profetizou Conselheiro
Há muitos tempos atrás
O nó enfim se desfaz
É tempo de redenção ..."
(Flávio Leandro, in utopia sertaneja)

Por Josessandro Andrade

O que tem a ver, a Transposição do Rio São Francisco e a Ferrovia Transnordestina, com a obra do Poeta Ulysses Lins, o legado do Padre Christiano Jacobs, o trabalho dos professores sertanienses de mãos dadas com as lideranças e autoridades para conquista do Campus da UFPE, a apontar um futuro de opulência pra Sertânia? Tudo! Haja visto que as coisas não são isoladas uma das outras, e ligadas e articuladas mostram que nada é por acaso e que as conexões frutíferas são produzidas pelas mãos e mentes que buscam o  bem da coletividade, numa gradação cronológica, combinando a mobilização social para conquistas imprescindíveis para transformação do nosso  meio: utilização de recursos naturais  de forma racional, a abundância da   água, e a proliferação do  saber e da ciência. Ao longo da evolução histórica de Sertânia vamos perceber como a consciência de nosso povo buscou este caminho, tendo a literatura, a música , as artes e a cultura da cidade como parceiros e sujeitos deste processo.

Com a chegada do trem , através da Great Western, companhia inglesa , substituída depois pela RFFSA- Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima, em 06 de junho de 1933, o município de Alagoa de Baixo (Hoje Sertânia), que até então limitava-se a rua Velha, ruas do Juá, Quintino Bocaíuva, Frei Caneca, Francisco Alves e Adjacências, depara-se com um surto de crescimento econômico impressionante: o desenvolvimento veio com a industrialização, através das desfibradoras de Caroá, das usinas de algodão e fábricas de doce e café, lojas de veículos da Ford e outras várias. A expansão urbana foi natural, surgindo novos bairros, avenidas e ruas.  Ponta de linha da estrada ferroviária, Sertânia durante cerca de dez anos foi ponto de embarque de mercadorias e passageiros da  região do Moxotó-Ipanema, Pajeú e Cariri paraibano. Este possesso é interrompido com o advento da fibra da nylon , fazendo com que a fibra do Caroá entre em declínio e o aparecimento da praga do bicudo, que dizimou a produção algodoeira no Nordeste.

O Mestre da Poesia Ulysses Lins, O Trovador do Sertão, como poeta visionário, que enxergava a frente de seu tempo, profetizou num poema escrito e publicado entre os anos 30 e 40, “O Sertão no futuro”, a hidroelétrica de Paulo Afonso-BA, a transposição do Rio São Francisco , a Ferrovia Transnordestina e o acesso do sertanejo a educação.

A transposição aparece assim nos versos do sonho de Ulysses:
“...Quando os grandes açudes, transbordando
Forem se pondo em comunicação
- a água sempre a correr, torcicolando,
No álveo dos rios secos do Sertão.

Quando ao Nilo do Egito Sertanejo
Abrirem-se os canais marginalmente,
Irrigando-se as terras que ali vejo
Abandonadas criminosamente...”

Já  a Ferrovia Transnordestina é pregada por Lins  com esperança:

Quando nos trilhos a locomotiva
Resfolegar-se por todas as quebradas
Revelando ao Nordeste a chama viva
Do progresso esplendentes alvoradas

E a Hidroelétrica de Paulo Afonso, uma ideia de Delmiro Gouveia, que esteve hospedado na Casa dos Góis, na Rua Velha, em Alagoa de Baixo, hoje Sertânia :

Quando a forte caudal de Itaparica
- Ah sem freios a rugir Titânica-
Transformar em região fértil e rica
- um deserto ao controle da mecânica.

E Paulo Afonso, á ação da engenharia, 
converter-se no dínamo potente
a espalhar a riqueza da energia
que há milênios oculta avaramente...

Ulysses Lins, além de ocupar como escritor a cadeira nº 01 da APL- Academia Pernambucana de Letras e representante de Pernambuco na Federação das Academias de Letras do Brasil, foi deputado federal (inclusive Constituinte em 1946), e como tal idealizou e criou em 1949, o Ginásio Olavo Bilac, convencendo seu filho Etelvino Lins, governador de Pernambuco, a construir o prédio, e  convidando o médico Abílio Monteiro, o advogado e escritor Ubirajara Chaves, e o poeta e professor Waldemar Cordeiro para serem fundadores da instituição. A intenção dele era fazer com quem seus conterrâneos tivessem o “pão da instrução”, como defende em outra versão do mesmo poema, no seguinte trecho :

“ ... E em cada canto se erguendo-se uma escola
- Sertanejo nenhum sem saber ler;
A trabalhar sem pedir esmola,
A produzir para se engradecer;...”

Posteriormente, o sobrinho-neto de Ulysses, José Etelvino Lins, conseguiu com que a escola fosse incorporada a rede pública estadual, com ensino gratuito e ainda contando com o curso profissionalizante de Normal Médio (Magistério). Vozes como os professores Arlindo Ferreira dos Santos e João Arruda de Queiroz também fizeram parte da Gestão em conjunto, além de lecionarem no curso noturno profissionalizante de Contabilidade.

Vindo de Kessel, na Holanda, veio parar em Sertânia, o Padre Christiano Marrie Jacobs, chegando nas terras daqui por volta de 1966. Era um padre que fugia completamente aos padrões locais em relação a figura de sacerdote. Christiano não andava de batina como Monsenhor Urbano, Vigário tradicionalista do clero local, circulava de lambreta, fazia festas com os jovens em sua residência. Bebia, fumava, jogava futebol... dava aulas no Ginásio Olavo Bilac, onde posteriormente tornou-se diretor. Ali construiu um dos maiores legados educacionais de Sertânia. Nos anos 70, trouxe o Ensino Médico Cientifico, preparatório para o vestibular. Na primeira turma, concluinte no ano de 1978,  11( onze) alunos passaram em primeiro opção, no vestibular unificado (UFPE/ UFRPE e UPE), surpreendentemente sendo três em Medicina. Minha irmã Joselaine Andrade, hoje aposentada , e residindo em Lisboa, Portugal, foi uma delas. Na turma, professores de Nível extraordinário : Cyro Galindo Araujo (Matemática, Física, Química), Rocilda Soares( Língua Portuguesa), Linda Mayer (Inglês), Ivan Lima( Biologia), Lúcia Medeiros (Geografia), entre outros. Alunos de peso , muito bem sucedidos a posteriori: Ana Barbosa, Paulo Patriota, Mário Rômulo, Gilberto Cosme (Gyba), Benilda Araujo, Paulo Neves, Zuza do Padre... este trabalho do Padre com as equipe fez de Sertânia, a cidade interioana , campeã na aprovação de vestibulares no Recife. O padre sabia, que a formação escolar tem que ser integral, por isto fez questão de investir nos esportes e na cultura: com meu tio José Júlio Batista (Zina) o CEOB- Colégio Estadual Olavo Bilac- tornou-se penta- campeão pernambucano de handebol feminino , cuja equipe destacavam–se Laca, Risolene e outras craques, levando Zina a  ser escolhido Treinador da seleção pernambucana de Handebol feminino, obtendo o 5º lugar nos jogos brasileiros, até hoje a melhor colocação do estado. Na música, Christiano Jacobs fez questão de Levar para trabalhar na escola , como professor de educação musical: o compositor e Maestro Francisquinho, que nos anos 50 / 60  havia construindo um legado de potência musical com a famosa orquestra Marajoara , até o ano de 1969. Em 1974, a partir das atividades musicais de Francisquinho, aos poucos foi se formando, além da banda marcial , a bandinha musical, que gradativamente foi recriando a Orquestra Marajoara, Só que numa segunda versão, revelando para música , talentos como Cristina Amaral, Walmar Belarmino, Antônio Amaral, Lailton Araujo, Andrade de Sertânia (Jacildo), Jairo Araujo, Renildo Siqueira (Gripa), Deodato, Gabriel Oscar, Gyba, Apriginho, entre outros.  O Padre comprou  praticamente todo o instrumental de seu  bolso. Era uma entusiasta da juventude , do conhecimento, do esporte e da arte. Notabilizou-se em Sertânia, também como um tocador de obras e projetos: Duas quadras esportivas, construídas com doações, o Centro Comunitário Maria Lígia, entre outros. No Documentário “Nassau do Sertão”,o professor e músico João Lúcio, que foi seu coroinha, ressaltou a preocupação que Christiano tinha com a questão da falta de água em nossa região , sobretudo o não aproveitamento das águas de chuvas. O Padre tinha visão de futuro. 

Na década de 1980 , Sertânia  deparou-se com um período de muitas dificuldades no campo econômico e na vida social.  O fim do ciclo do caroá e a dizimação do plantio e indústria do algodão deixou um vazio na economia da cidade. O Trem de cargas e passageiros encerra suas atividades, ostentando a crise do transporte ferroviário no país, fruto da opção da ditadura militar pelo estímulo ao transporte rodoviário.  Há tempos atrás, deparei-me nos arquivos da Casa da Cultura de Sertânia Waldemar Cordeiro, com um exemplar do Jornal Gazeta de Sertânia, que fundei com amigos, no ano de 1986. Nele  encontrei  as preocupações do jornal naquela época: A construção do contorno viário , para solucionar o problema do tráfego rodoviário de veículos pesados pelo centro da cidade, que precarizava o calçamento,  a instalação de um emissora de rádio local, a estruturação do estádio de futebol Odilon Ferreira, com gramado, alambrado e iluminação (ante o relativo sucesso da Seleção sertaniense na copa do interior de 86), como reivindicações da opinião pública  da cidade na época. Vale ressaltar neste momento o trabalho desenvolvido pela professora Aparecida Freire Pinheiro, secretária municipal de educação (Gestões dos prefeitos Sinval Siqueira e Marcelo Lafayete), que com  sua coragem e tenacidade, implantou o Ensino Fundamental Maior e posteriormente o Ensino Médio, nas modalidades científico e Magistério, nos Distritos , povoados e algumas comunidades da zona rural. Ela sabia que a qualidade de ensino só veria depois da universalização da educação básica.

A partir da ascensão de Eduardo Campos ao Governo de Pernambuco, a política pública de Escola Integral aos poucos foi sendo implantada no Estado. O Professor Alvaro Góis, na EREMOB- Escola de Referência em Ensino Médio  Olavo Bilac,  iniciou um trabalho voltado para expedição dos documentos dos alunos, visando a inscrição dos mesmos em vestibulares das universidades públicas, e puderem participar dos programas de financiamento educacionais como PRONI e FIES. Além disso, desenvolveu uma rede de apoio voltado para a formação de grupos de estudo, estudo orientado, atividades de reforço, entre outras. Desta forma, Sertânia, através deste trabalho voltou a ter aprovação recorde de alunos nos vestibulares de universidades públicas.  Paralelamente, implantamos o FLIS – Festival Literário do Sertão, onde trabalhamos em sala de aula as obras dos escritores sertanienses, poetas e prosadores, objetivando desenvolver atividades extra-classes com o resultado destas leituras. Os bons resultados não demoraram : o aumento do números de empréstimos de livros na biblioteca da escola,  consequentemente  a melhora do nível de leitura, compreensão, interpretação e escrita de textos, sobretudo nas redações, e a adoção do projeto por parte de outras escolas, como verdadeiras extensões:  A Escola Professor Jorge de Menezes (FLIS Literatura infantil), Escola Municipal Etelvino Lins (FLIS Literatura de Cordel) e a Escola Amaro Lafayete.  Além de debates  para interação de autores locais com os estudantes, o projeto desenvolveu oficinas, lançamento de livros, palestras, exposições, Feira de livros, recitais, cantorias de viola, e a Caminhada poética, onde poetas, professores e alunos saiam declamando poemas pelas ruas da cidade, em carro de som com um cortejo. Este projeto FLIS há exatos 15 anos recebeu o Prêmio Nacional Viva a Leitura (2009), do Ministério da Educação e Ministério da Cultura, Fundação Santilianna, em cerimônia no Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, em São Paulo-SP, sendo destaque nos grandes jornais de todo o país. Ainda em 2006, o nosso trabalho foi referência no filme “Poetas de repente”, de Hilton Lacerda, documetário , realizado pela Fundação Joaquim Nabuco, exibido pela TV Escola e distribuído prá mais de 50 países. 

Por esta época , Therezinha Lins, professora da UERJ- Universidade estadual do Rio de Janeiro, psicóloga, pedagoga e escritora, que trabalhou com o educador Anísio Teixeira, nas primeiras experiências de educação integral da América do Sul,que já mantinha diálogo com o escritor e  professor da UFPB- Universidade Federal da Paraíba- Fernando Barros Patriota, Antônio Jorge de Siqueira, professor da UFPE e Marcos Cordeiro, poeta , dramaturgo e artista plástico, para articular um resgate da obra de Ulysses Lins, seu pai, iniciou contatos com o movimento cultural sertaniense , visando não apenas , esse resgate, mas a difusão da literatura Ulysssiana e contribuir também na educação local. Therezinha Lins fez a parte dela, com a contribuição de Leonardo Lins , seu sobrinho, reeditou os livros do pai e lançou novos, em eventos no Rio de Janeiro, na Academia Pernambucana de Letras (Recife) e  em Sertânia, fazendo com que a obra literária do “Patriarca da Literatura sertaneja” voltasse a ser destaque na cena cultural do Sertão do Moxotó-Ipanema, em Pernambuco e no Brasil. Em Parceria com a ACORDES- Associação Cultural de Sertânia e SAPECAS- Sociedade dos Poetas, Escritores, Compositores e Artistas e Sertânia, Theresinha Lins realizou o Prêmio Ulysses Lins(2010), voltado para alunos da Escola Olavo Bilac, premiando com notebooks nas categorias de redação e poesia, os melhores trabalhos sobre a obra de Ulysses. Participou ainda de uma edição do FLIS  dedicada ao mesmo, além de seminários, saraus e encontros, sendo o último destes o Festival Ulysses Lins, celebrando os 130 anos de nascimento e 40 aos de saudade, na Rua Velha, em frente a Igreja Matriz. Entusiasta da causa educacional, foi a madrinha da primeira turma de Concluintes do EREMOB- Escola de Referência em Ensino Médio Olavo Bilac, em 2011. Frisava que sempre que fosse necessário, estava pronta para colaborar com a educação  e a cultura de Sertânia, sem esconder que o grande sonho do “Trovador do Sertão” era que Sertânia e os seus filhos tivessem uma instituição de ensino Superior.

Nos anos de 2010, 2011, O professor e Músico João Henrique Lúcio, juntamente com Luiz Pinheiro, Izidoro Simões e outros assume a direção da ACORDES – Associação Cultural de Sertânia.  Através da retomada da Semana Estudantil de Artes de Sertânia, foi estabelecido o contato com o Escritor e professor Dr. Antônio Jorge de Siqueira, professor titular da UFPE-Universidade Federal de Pernambuco. Jorge havia sido Chefe do Departamento de História, o homem da Universidade que foi escolhido para elaborar os projetos que concederam a Nélson Mandela e Luiz Inácio Lula da Silva , os títulos de Doutor Honoris Causis, entregues em nome da UFPE  em cerimônia solene. Antônio Jorge passou  a lançar seus livros na Semana Estudantil , no FLIS  eventos da ACORDES, e a estabelecer forte vinculo com os educadores , artistas e miltantes da cultura de Sertânia. Na Casa da minha madrinha Rejane Cavalcanti, esposa de Valdecir Jorge ( irmão de Antônio ), no sítio Santa Luzia, passaram a ser realizadas noitadas agradáveis, verdadeiras tertúlias, onde entre música e poesia, vinho e carne de bode assado, se discutia temas políticos , culturais e literários, mas sobretudo o futuro de Sertânia,imaginando como aproveitar o ensejo do Município sediar quatro barragens do eixo-leste da Transposição do Rio São Francisco, personalidades como o Médico e então vereador do PT Orestes Neves, o professor e sindicalista Izidoro Simões, os professores João Lúcio , Alvaro Góis , Walter Fabiano, Janilton Ferreira e Edmailson Joia.  Destes encontros, animados por artistas como Antônio Amaral, Jailson Santana, Romildo Silva (Douca), Maria Helena, Marcos, Lula Sanfoneiro, entre outros, dessa forma, afunilando ideias e se iniciando as articulações, valendo –se da rede de contatos de Antônio Jorge na Universidade e fora dela, o projeto de ter uma extensão universitária em Sertânia, consolidou-se como o caminho natural escolhido pelos frequentadores desse diálogo. Outros professores Universitários deram as mãos aos colegas de Sertânia como a professora Edivânia Aguiar e Maria do Carmo Sobral.

Oportunamente, a partir de 2020, veio a integração do Município de Sertânia a causa. Reuniões realizadas com o prefeito Ângelo Ferreira, ganharam a adesão da  prefeitura municipal  ao conjunto de interessados em concretizar o projeto da UFPE em Sertânia. Entendimentos com a Universidade Federal, na pessoa do reitor Alfredo Gomes. Seguiu-se a implantação do NEMIP- Núcleo de Extensão do Moxotó-Ipanema e Pajeú, como primeiro passo. A luta recebeu ainda o apoio de lideranças políticas do PT como os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão, o deputado federal Carlos Veras, e do PSB  como os deputados federais Gonzaga Patriota e Pedro Campos e o deputado estadual Diogo Moraes.   Finalizando ,a 10 de junho de 2024, O Presidente  Lula e o Ministro da Educação Camilo Santana anunciaram o Campos da UFPE em Sertânia, único município pernambucano entre os dez anunciados. 

Sertânia é privilegiada pela Transposição das águas do Rio São Francisco, com quatro barragens do Eixo Leste:  Rio Moxotó ( Rio da Barra), Barreiros, Campos, Cipó/ Barro Branco; e uma do Ramal do Agreste: Sítio dos Góis. Lugar que tem água é chão de oportunidades para o desenvolvimento. A Chegada das águas da transposição pode representar um novo divisor de águas para o desenvolvimento, assim como o advento da estrada de ferro possibilitou  nos anos 30 e 40, que a cidade crescesse de forma impressionante. E Mais: a Ferrovia Transnordestina está sendo retomada e Sertânia será beneficiada, pois atravessará as terras sertanienses, passando por Cruzeiro do Nordeste, Algodões e Rio da Barra. Bem como, a BR 232 será duplicada até Serra Talhada, passando por Cruzeiro do Nordeste, seguindo até a Terra do Xaxado. 

Vivendo o melhor momento de sua história, Sertânia experimenta uma expansão comercial considerável. O Melhor retrato disto são as Avenidas Joaquim Nabuco e Presidente Vargas, com reflexos na Agamenon Magalhães.  Tenho ouvido de familiares que residem em outros centros mais evoluídos, o quanto impressiona a pujança comercial da Avenida Joaquim Nabuco, com Lojas de produtos eletrônicos, moda infantil, e eletrodomésticos, farmácias e panificadoras, todas elas com fachadas bonitas, modernas e coloridas. A Avenida Presidente Vargas está se transformando de rua residencial, numa avenida comercial. Novos empreendimentos tomam a sua extensão, até as imediações do Hospital Municipal, aproveitando o movimento intenso de veículos e consumidores, sobretudo pelo crescimento daquela parte da cidade, com novos bairros, a exemplo do  Condomínio Sibas Brito, bairro Mococão, Mocoquinha  e outros, principalmente após o surgimento da Escola Técnica  Estadual e do Contorno viário. A expansão que se verifica na Presidente Vargas, também tem ocorrido na Agamenon Magalhães, na altura das Lojas Americanas até a altura da esquina da Rua dos Guararapes . Lojas Americanas que se somam a diversas outras de fora, que foram atraídas prá se instalarem em Sertânia. A obra da Via park, já proporcionou um impulso a rua 13 de maio, onde já abriram novas estabelecimentos comerciais, inspirados no parque: distribuidoras de bebidas, lanchonetes, entre outros. A exemplo do que ocorreu com o Campus da UFPE, cuja mobilização social foi fundamental, a sociedade tem se mobilizado de outras formas. As Ex-atletas de Handebol Feminino de Sertânia se mobilizaram pela construção do Parque Memorial Padre Christiano, idealizado pelo arquiteto Fabio Teódulo, hoje um vistoso ponto turístico da cidade. A elite local se uniu para a reconstrução e reabertura do América Esporte Clube, palco de momentos memoráveis da vida sertaniense, outra obra da lavra arquitetônica de Fábio Teódulo, assim como a revitalização do Armazém Central das Artes. Os sonhos da opinião pública do jornal Gazeta de Sertânia nos anos 80 estão concretizados: esta aí a Rádio Sertânia, (onde apresentamos o programa Casa dos Poetas, toda sexta-feira, fazendo jus ao título de Sertânia : “República da Poesia”), o Contorno Viário de Sertânia, ambas lutas diretas do Deputado federal sertaniense Gonzaga Patriota, numa parceria com a Prefeitura local, revitalizou o centro da cidade , com o reordenamento do trânsito: asfaltamento de vias principais,  sinalização de faixas de pedestre, estacionamento, cadastramento e numeração de veículos de tração animal, implantação de sistema de monitoramento de câmeras, Guarda civil municipal, construção de novas e belas praças, repaginando a questão urbanística em Sertânia , proporcionando uma inovação paisagística da cidade, inclusive com o monumento das Esculturas Alongadas, na Praça Amaro Lafayete, Rua Velha, modelo de artesanato genuinamente sertaniense, que tem hoje projeção internacional, gerando emprego e renda , sobretudo na periferia da cidade. O Estádio Odilon Ferreira, com gramado impecável, alambrado e iluminação a led permite partidas a noite do campeonato local, inclusive da equipe Sertaniense no campeonato pernambucano da segunda divisão. A História de Sertânia está sendo registrada, preservada e  difundida no Memorial Pinheiro, no Alto do Rio Branco, organizado pelo advogado , poeta e compositor André Pinheiro, que coordena um dos maiores projetos sociais da região do Sertão do Moxotó-Ipanema, com reforço escolar, atividades culturais e esportivas e orientação espiritual, no Lar Fraterno Vovó Cavendish.

Em nosso filme “Sertão fértil”, falamos um pouco destas perspectivas da transposição, a partir dos potenciais locais, a exemplo da retomada da produção agroecológica do algodão , de forma orgânica, do empreendimento Coentro do Sertão e da Caprincultura e seus derivados: Linguiça caprina , licor de leite de cabra, entre outras. Nosso documentário chega para dar testemunho desta cena, que se desenrola na tela panorâmica do cinema sertaniense , que começa a dar seus passos, enquanto assiste a revitalização do Cine Emoir, cuja luta pela sua reabertura foi iniciada pelo Movimento SOS Cine Emoir , há 25 anos atrás.

É neste contexto que será instalado  em Sertânia o Campus da UFPE, fruto deste momento histórico e da sintonia e comunhão de esforços daqueles que deram as mãos, e sob as bênçãos do presidente Lula serão capazes de fazer em Sertânia, um novo ciclo de desenvolvimento, mais orgânico, mais sistematizado, capaz de fomentar aqui um tempo de fartura e partilha, numa nova primavera sertaneja. Este futuro está em nossas mãos! 

quarta-feira, 12 de junho de 2024

FORROZEIRO LUIZ WILSON – UM POETA DO SÃO JOÃO DO NORDESTE


O Cantor e compositor Luiz Wilson faz show no São João de Caruaru, neste diz 12 de junho, a partir das 22 horas. Vindo diretamente de São Paulo-SP, ele estará iniciando pela Capital do forró, no Polo Camarão, uma turnê nordestina pelos palcos das festas juninas mais famosas do Nordeste. Além de Caruaru, no dia dos namorados, estará também no dia 23 de junho na véspera de São João em Arcoverde, a partir da meia-noite, na grade de shows do Pólo do forró-pé de Serra João Silva ; no dia de São Pedro em Vitória da Conquista-BA, na Praça 9 de novembro, além de ter o privilégio de fazer a abertura do São João de sua terra , Sertânia- “A República da Poesia”, no Sertão do Moxotó-Ipanema pernambucano, dia 20 de junho, na Praça de Eventos.

Esta é ,sem sombra de dúvidas, a melhor excursão que o Forrozeiro Poeta ( como também é conhecido) faz pelas terras nordestinas. Do Mesmo jeito , que o sertanejo colhe nos meses de maio e  junho feijão e milho, aquilo que semeou nas suas roças, lá atrás. Luiz Wilson está no São João deste ano celebrando a colheita dos grãos, após ter plantando sementes e ter trabalhado duro em sua trajetória. Desfruta agora de uma valorização e reconhecimento que o fazem festejar cada vez mais a cultura popular nordestina e agradecer a Deus e ao Universo a fartura de bênçãos. 

O Show do Forrozeiro Poeta

Além de músicas autorais, ele faz um repertório de sucessos consagrados de Luiz Gonzaga, Flávio José e Jorge de Altinho, com forte pegada junina, bem como um pouco de forró de Vaquejada raiz. Conhecido também como o “Forrozeiro poeta”, seu estilo musical é o Forró Pé -de –Serra, enriquecido com pitadas de repentes e improvisos cantados e recitados, que ele consegue desenvolver no palco,comunicativo, simpático e gentil,  proporcionando uma interação positiva com o plateia, alternando senso de humor, romantismo e brincando sempre com uma  linguagem poética e expressões regionais, o que torna seu show diferenciado, único e especial. O show tem  participação especial da cantora e poeta mineira Fatel Barbosa e do Maestro Zezinho da Oara , sanfoneiro consagrado de Arcoverde, também no Sertão do Moxotó-Ipanema , entre outros músicos de destaque da sua banda Pintando o Sete.  

Até o ano de  2007, ele conciliou a carreira artística, com trabalho na área comercial. Sua grande virada de chave em sua trajetória, ocorreu  a partir de 2006, quando conheceu Fatel Barbosa, artista, produtora (e que, anos mais tarde viria a ser sua parceira companheira), que o encorajou a partir pra projeto profissional e viver exclusivamente de seu trabalho artístico. Como já em 2003 ele havia lançado o projeto “Pintando o sete” , (o sétimo álbum de sua carreira), que representou um divisor de águas em sua carreira, com arranjos bem cuidados de Osvaldinho do Acordeon, a partir daí seu trabalho começou a deslanchar , e ser conhecido do público nordestino na capital paulistana e fora dela, o que o  levou  a assumir com coragem a missão de ser um profissional da música.

Luiz Wilson iniciou sua carreira em 1986, na era dos compactos de vinil. Desta época, mas que é sucesso até hoje,  destacou-se “Parente acomodado”, uma temática que revela episódio do cotidiano de migrantes nordestinos nas terras paulistanas. De lá prá cá, são 16 (dezesseis) discos, entre compactos, LPs e CDs.  Shows em São Paulo e cidades da área metropolitana, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Paraíba, em Casas de shows a exemplo do CTN- Centro de Tradições Nordestinas, Patativa, Remelexo (São Paulo-SP), Sala de Reboco (Recife-PE), Cultura Bacana( Vitória da Conquista-BA), bem como na rede de restaurantes nordestinos Feijão de Corda, Casa Di Fatel (Paralheiros-SP), Centro de Gastronomia de Arcoverde-PE, Além de inúmeros eventos de Festas juninas de grandes empresas em São Paulo, bem como Prefeituras municipais de Sertânia (PE) e outras do interior paulista, sem esquecer do Movimento Sertão Perifa e do Forum  Nacional do forró pé –de- serra, do qual faz parte. Gravou músicas com as participações especiais de grandes nomes da cultura nordestina em seus discos : Dominguinhos, Anastácia, Caju & Castanha, Dejinha de Monteiro, Valdir Teles, Fatel Barbosa, entre outros. Além de seus trabalhos autorais, tem gravado músicas de Luiz Gonzaga, Téo Azevedo, Zé Marcolino, João Silva, Duval Brito, Josessandro Andrade, Ilmar Cavalcanti e Nanado Alves, Antônio Amaral, Valter e César Amaral, Patrício Cruz,  Pessoa Nunes,entre outros. Como músicos destaca na sua admiração por grandes artistas com os quais já trabalhou em seus projetos: Osvaldinho do Acordeon, Mestrinho e Claudinho de Monteiro, sem esquecer  do Maestro Zezinho, de Arcoverde , e de seu primo Andrade de Sertânia ( Jacildo ), sertaniense radicado em Vitória da Conquista –BA, cujo “jogo de fole “ o encanta.

Luiz Wilson já esteve se apresentando, sendo entrevistado e cantando em inúmeros programas de Televisão, a exemplo de :Viola , Minha Viola (Enezita Barroso, TV Cultura-SP) , TV  Aparecida –SP, Bandeirantes,  (SP TV -Rede Globo), JR News Talentos (Record News), Canal Terra viva, Record News( Heródoto Barbeiro), Programa Chico Soares, Programa Lucas de Alencar, Hora e vez do Brasil (Assis Angelo),  TV UESB (Vitória da Conquista-BA) e Arena sertaneja,só para citar estes. 

Compositor  de mão cheia

O Forrozeiro Poeta tem um talento criativo para compor melodias e letras, que o fizeram um compositor festejado por divesros intérpretes da música nordestina, que tem procurado suas músicas prá gravar. Nomes como : Anastácia, Caju e Castanha, Tom Oliveira, Marzinho de Arcoverde,  Zé de Zilda, Zé Duarte, Fatel Barbosa, Almir Santos, Zé da Guia, Geraldo Brito, Rouxinol do Nordeste, Felipe Costta, Joãozito do Acordeon, Dika de Monteiro e Dantas do Forró, apenas prá ficar nestes aqui.  Forró , xote, baião, arrastapé, entre outros gêneros do forró tem sido alvo das criações musicais de Luiz.  

O seu processo de criação,  ele define como espontâneo. “Quando imagino um tema ou tenho uma ideia eu a desenvolvo a melodia e a letra. Às vezes surge de momento a melodia. Costumo primeiro absorver e desenvolver a melodia. A letra, até pelo fato de ter o dom da poesia, desenvolvo com mais facilidade… Em alguns casos, início e encaminho para Duval Brito concluir, ou às vezes concluo o que ele me manda”, explica Wilson, como é chamado em família. Por falar em Duval Brito, (poeta escritor e compositor,  seu primo legítmo, nascido em Sertânia –PE , e radicado em Paulo Afonso –BA ), ele é o principal parceiro de Luiz Wilson. “Estamos juntos , eu e Duval , desde o início da minha carreira musical e temos uma parceria de muita fidelidade e irmandade, assim como atualmente com Fatel Barbosa, parceria que vai além da parte musical. Tenho parcerias também com Anastácia, Germano Júnior, JK, Zé de Zilda, Ademir Rodrigues, Patrício Cruz, Tony Lima, dentre outros…”, detalha Luiz, que tem inovado o forró , trazendo novidades temáticas e soluções melódicas para determinadas letras mais complexas, que fazem do seu cardápio musical um faustoso banquete do cancioneiro nordestino.

Das  músicas de sua autoria  A tampa e a panela  (Luiz wilson  & Fatel Barbosa ), é um dos carros-chefes da sua obra, sendo um de seus maiores sucessos, onde a música destaca toda a força lírica de românticos que se complementam, de modo criativo, com uma linguagem tipicamente nordestina. Além da gravação do próprio Luiz Wilson, ela já teve seis regravações, por  Ton Oliveira, Caju e Castanha, Onildo Barbosa , Carneiro do Acordeon,  Zé Duarte e Marzinho de Arcoverde.

“Do tempo , do seu tempo “ é um resgate cultural das raízes do sertão, dos costumes da cultura regional e das tradições sertanejas: “ Eu ainda sou do tempo, do retrato e do papel / da foto no monóculo / brincadeira de anel/ da carta escrita a punho/ do fichário e do rascunho/ e ainda testemunho com leitura de cordel.”

“Direitos iguais” (Luiz Wilson e Duval Brito), do disco do mesmo nome.  É um xote que traz uma denúncia social em tom de protesto político : “Eu queria ver a terra divida/ casa e comida não era prá faltar/ eu queria ver todo mundo empregado / aposentado não pagar pra trabalhar/ eu não queria ver tanta gente no lixo / igual a bicho tentando se alimentar/eu queria ver nossa população/ desfrutando dos direitos iguais/ porque são muitos que tem muito pouco/ e são poucos que tem muito mais.

 “Se a gente briga durante o dia / logo de noite tudo fica bem/ nosso chamego é tão gostoso/ tem o tempero que outro não tem/ eu sou o mel da rapadura/ você é o suco de pitanga/ te digo com toda certeza/ eu sou a corda e você a caçamba”. Neste trecho de “A corda e a caçamba”, música de Luiz Wilson em parceria com a Anastácia,” A  Rainha do forró”,  vemos a delicadeza imagética de sua escrita, pincelando o amor, combinando entre o doce e o acre.

“Melô do jabá” (Luiz Wilson) é um samba de coco, que  toca no delicado tema do sucesso comprado, da música que é massificada nos ouvidos das pessoas através da propina paga ( o “jabá”) aos meios de comunicação que a executam de forma que, a população acaba ficando condicionada a cantar ate mecanicamente. “ Fazer sucesso não é coisa de talento / faz muito tempo que tento / já não aguento/ eu vou voltar pro lombo do meu jumento/ quem sabe assim vai acabar meu sofrimento/ esse é o apelo do poeta popular/ que aprecia o bom tempero/ mas não tem jabá”.  

Nascido no Sítio Recanto Verde, Município de Sertânia, do qual se orgulha e fala sempre por onde passa, Luiz todo ano quando vem passar suas férias neste seu lugar de origem, na véspera da viagem de volta para São Paulo SP, realiza o “Recanto do Verso”, festa de muita poesia e música, com apresentação de cantores, sanfoneiros, cantadores de viola repentista, cordelistas e aboiadores, regada a muita comida e bebida tipicamente sertanejas. Esta festa é Destacada na gravação do Poema de autoria do Cantador repentista e cordelista Genival Pereira,(Gato Novo) “Á Sombra da baraúna” , , que faz abertura prá  o Arrastapé “Vamos pro Recanto Verde”.

“Eu vi”, (Luiz Wilson/ Duval Brito)  é um xote, com estrutura de versificação semelhante aos cocos de embolada, que  faz retrospectiva histórica da vida econômica e social do pais, os passando a limpo a campanha das diretas, a eleição e morte de Tancredo, os planos econômicos, até tratar de problemas da vida nas grandes cidades e questões da vida moderna como Bullyng, pedofilia e prostituição infantil na internet, e o processo de descaracterização da identidade cultural do Pais: “ Vi  as famílias/ perdendo os seu valores /Vi disputa de pastores /Brigas por religião /Vi contratante/ De estado e prefeitura /Usar verbas da cultura,/ Para banalização”.

“Amor de verdade” , outra composição a quatro mãos dos primos Duval e Luiz, um forró de ritmo gostoso, que  invoca  a sensualidade, a gentileza e a cumplicidade do querer bem, nas brincadeiras sadias do amor. Ideal para uma proposta de amor numa noite de Santo Antônio ou no dia dos namorados.

A gratidão a família  mostra a largueza de espírito do artista e poeta Luiz Wilson“Quando eu vim m’ imbora”, é um tributo a sua mãe , Dona Elvira Vasconcelos, um doce de pessoa que tive o prazer de conhecer. “Sempre meu herói” é uma homenagem ao seu pai Juca Leite, agricultor e criador, por cujo sangue nos ligamos o parentesco pelos “Leite”.  “Obrigado Jesus”, é um louvor religioso, que Luiz Compôs para seus filhos evangélicos que são. “Tia Fulô”, é dedicada a sua tia Floriza, que o acolheu, quando saiu de Sertânia para Paulo Afonso -BA para concluir o Ensino Médio.

Ainda nos Tributos, temos “Profissão de Vaqueiro”, que comemora a regulamentação da profissional de vaqueiro pelo Congresso Nacional, que teve como relator, um outro Luiz sertaniense, o deputado federal Gonzaga Patriota, também da zona rural, pertinho Do Recanto de Luiz, lá em Pinto Ribeiro, povoado do Distrito Henrique Dias.

Luiz Wilson completou 30 anos de carreira , em 2016, lançando o cd “Revivendo nos trinta” fazendo um disco  comemorativo que celebra toda esta versatilidade de sua personalidade artística: Cantor, compositor, poeta, cordelista, apresentador, palestrante, escritor. Na Época ele sintetizou a celebração do sentimento de felicidade  por tudo que trilhou. O Baião “Um simples forrozeiro”, dele com Duval Brito,  revela a sua essência de humildade  e seu compromisso com sua origem de nordestino do Sertão: “Só um simples  forrozeiro / das terras do Moxotó/ eu estou comemorando trinta anos de forró/...” Não ganhei disco de ouro/ nem maior revelação/mas estou realizado/ vou cumprindo a missão/ Divulgando o meu Nordeste preservando a tradição/ defendendo a Bandeira deixada por Gonzagão/ o Forró está escrito / na palma da minha mão...”

Um Homem versátil _ um artista plural

Luiz Wilson é também escritor, tendo publicado os livros “Mina terra, minha gente, minha vida”, onde conta toda a trajetória de sua existência, “Vendendo e aprendendo em cordel- ”, onde ensina o passo a passo  da venda, em versos que mostram como ser um vendedor de sucesso, copilando assim a sua palestra “Treinamento rima com divertimento”, ministrada nas empresas de São Paulo-SP, Onde ele mistura o conhecimento de sua experiência no campo comercial, com o talento poético.

Luiz escreve poesia popular tendo escrito com Zé de Zilda A Toada “Sertânia, cidade sertaneja”, onde homenageia sua terra natal, e em parceria com Duval Brito a embolada “O Homem velho e o homem novo”, gravada pela dupla Caju e Castanha,que já tem mais de seis milhões de visualizações no you tube .Poeta cordelista , Luiz faz parte da Caravana do Cordel e é autor da Editora Luzeiro, tradiconal na edição da literatura de cordel. Publicou os cordéis “As Proezas de Adeládio “, “Caju & Castanha em Cordel” e  “Roberto Carlos- Emoções em rimas”, entre outras produções.

Além de cantar á viola no intervalo de cantorias e  empreeender junto com artistas parceiros e promover cantorias de repente, atuando também como apresentador, Luiz Wilson  completa agora 18 anos do seu programa de Rádio “Pintando o Sete “, na Rádio Imprensa FM, que difundindo Forró pé de serra, cantoria de viola,  Toada e literatura de cordel, é líder de audiência na Grande São Paulo SP.  Há um ano trouxe também este projeto prá perto de sua terra, estando “Pintando o Sete” , sendo apresentado na Rádio Itapuama fm, desde 2016, também já líder de audiência na região Moxotó -Ipanema. Um programa prá se ouvir com a família no almoço de domingo, prá se passar de geração a geração, a cultura do sertão, o forró matuto e a arte de qualidade. No projeto “Pintado o sete”, lidera um movimento de artistas nordestinos, abrindo espaço prá eles no seu programa e projetos que promove, com  competência, parceria e generosidade , como sempre é Luiz Wilson em tudo que faz.

Certamente , por conta de tudo isto, Luiz Wilson, além de inúmeras moções e premiações, inclusive  recebeu os títulos de ‘Mestre da cultura Popular nordestina”, do Estado de São Paulo e da Capital Pulistana sua obra e seu legado vem recebendo tributos e homenagens a si e aos seus , como forma de poetas e artistas retribuírem tudo que ele tem feito, manifestando sua gratidão e admiração em toadas para o sítio da sai família ( já são três : uma de Luiz Freire, outra de Duval Brito e Inácio Siqueira e uma do Mestre Onildo Barbosa), além da música “O  Sítio Recanto verde”, de Luiz Lopes(Banda tempero Nordestino / Arcoverde-PE)  , e a música   que homenageia, escrita por Duval Britoe gravada na voz de dezenas de artistas para homenagea-lo. Sempre de alto astral, Luiz Wilson é otimista em relação ao momento atual do forró “Para nossa alegria o forró autêntico se manteve e se mantém e está muito além. As bandas que surgiram nas décadas 90 e 2000 ,que estão regredindo a cada dia ,e os nossos artistas do Forró pé de serra, dentro dos seus mercados tem se mantido”, analisa Luiz , em entrevista a Revista Melodia, concluindo esperançoso. 

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Sidney Nicéas apresenta a comovente biografia "Todos os Amores de Lourdes" em Sertânia


Por Leonardo Silva

No próximo dia 30 de novembro de 2023, a cidade de Sertânia será palco de um evento literário marcante. Sidney Nicéas, renomado autor e jornalista pernambucano, estará presente no Casa Nobre Restaurante às 19h para o lançamento de seu mais recente livro, "Todos os Amores de Lourdes".

A obra narra a extraordinária e impactante história de Lourdes Alencar, uma mulher natural do Recife que enfrentou adversidades incompreensíveis ao longo de sua vida. Desde uma infância marcada por abusos perpetrados pelo próprio pai, dos 7 aos 12 anos, até sua vida adulta, na qual superou traumas, construiu uma família e se dedicou incansavelmente ao próximo.

O livro, que teve seu lançamento de sucesso na Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, chega agora a Sertânia prometendo uma noite memorável aos amantes da literatura e da narrativa humana. Sidney Nicéas, conhecido por sua habilidade em dar voz a histórias que desafiam as adversidades, promete conduzir os presentes por uma jornada de reflexão e empatia.

O evento contará com uma conversa exclusiva com o autor, onde ele compartilhará insights sobre o processo de escrita, os desafios de abordar temas sensíveis e a inspiração por trás da biografia de Lourdes Alencar. Além disso, haverá uma emocionante sessão de autógrafos, proporcionando aos leitores a oportunidade de terem suas cópias do livro autografadas pelo autor.

O local escolhido para o lançamento, o Casa Nobre Restaurante, promete criar um ambiente acolhedor e propício para a reflexão sobre a história de Lourdes. A entrada é franca, garantindo que todos interessados tenham a oportunidade de participar desse evento especial.

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Poeta Josessandro Andrade lança Livro “A Roda do escárnio”, que traz poemas de resistência política ao Bolsonazismo


A Roda do Escárnio é um Livro que traz Poemas de Resistência política ao Bolsonazismo , e aos tempos sombrios que o Brasil está vivendo. Manifesto político e denúncia social, a obra com 155 Páginas, é de Autoria de  Josessandro Andrade, e está sendo publicado pela Editora Módena (São Paulo SP). 

“A Roda do escárnio" é uma resposta literária contundente aos Escarnecedores, cuja negação da importância do saber e do legado de Paulo Freire, e o xenofobismo contra o Nordeste encontram aqui uma Balbúrdia lírica de protesto e denúncia social, brotando em versos livres, Sonetos e poesia popular, um Canto de Luta diante das dores coletivas e individuais. Com o subtítulo de “Antologia o pandemônio”, a obra se divide em várias partes, cada uma com um tema específico, mas que se entrelaçam na unidade temática de Vigília poética pela democracia, em defesa da civilização contra a barbárie. “Balbúrdia” traz poemas sobre a Necropolitica e a Idade média neoliberal do Brasil atual. Com prefácio de Lau Siqueira, poeta e jornalista, ex-Secretário de Cultura do Estado da Paraíba, os poemas criticam o armamentismo do governo miliciano e sua ojeriza pelos programas socais.  “O Que o Nordeste oferece “mostra estilos de Cantoria de Viola, como Sextilhas, décimas, gemedeira, Mourão Perguntado, baião de sete linhas, galope a beira-mar e outros, ressaltando as raízes, talentos, atrativos e potenciais nordestinos. numa Reação em versos, a quem ofereceu capim aos Nordestinos. Já “O ABC de Paulo Freire & outros poemas de sala de aula” - com apresentação do músico e cordelista Allan Sales, narra em Literatura de Cordel a Experiência de Alfabetização de Adultos em Angicos RN e aspectos da Vida e obra do Patrono da Educação Brasileira, bem como Outros Cordéis e Poemas sobre a Educação Libertária, a defesa da ciência e do conhecimento.  Em outra parte do livro, “Areal- A Santa Cruz Carbonária – Poemas dos Casarios de Olinda & Monteiro e outras lutas mais”, que Desagravam a Felipe Santa Cruz (e seus familiares), Presidente Nacional da OAB- Ordem dos Advogados do Brasil-, ultrajados pela Despresidente BolsoNero. Além de contar a Saga de Augusto Santa Cruz – “O Guerreiro Togado”, relata lutas libertárias de Olinda-PE e Monteiro-PB, o Desaparecimento do militante político Fernando Santa Cruz (Pai de Felipe) e o calvário de sua mãe, Elzita Santa Cruz, na peregrinação em busca do corpo. “Pólvora Alheia” são Prosopoemas  em Miniaturas, que Satirizam o Discurso do BolsoNazismo, a partir de textos bolsonarosos.

Para Lau Siqueira, poeta, jornalista e ex - Secretário Estadual de Cultura da Paraíba, O engajamento político desta obra de Josessandro é mais do que necessário. “A poética de Josessandro neste livro (mas não apenas neste livro) se debruça na permanente denúncia. Um modo firme e contundente de se posicionar diante da vida. É uma poesia de pura resistência política. Uma escrita que do começo ao fim vai denunciando a necropolítica e as políticas de extermínio, característica da extrema-direita que cresce impunemente em nosso país, diz Lau no prefácio de “Balbúrdia”, o capítulo poético inicial de “a Roda do escárnio”. Já Allan Sales, músico, compositor, xilogravurista e cordelista, define Josessandro  como “Um humanista militante de cultura e de inserção política progressista, neste binário, torna-se desde sempre um agregador de pessoas e talentos, sempre na perspectiva do agir coletivamente, que defino numa palavra: generosidade”. Outros que aparecem na obra analisando a poética do autor e dando depoimentos sobre ele são Marcelo Santa Cruz, (Advogado, ex-Vereador de Olinda (PT)), Antônio Jorge de Siqueira (Escritor ensaísta e professor universitário) e Zé Luiz do Candeeiro, cantor, compositor, poeta e professor.

O Autor, Josessandro Andrade é Poeta, Compositor, Autor Teatral, Cordelista e Professor, premiado em inúmeros festivais.  Tem Livros e cordéis editados e Cd gravado. Trabalhos publicados no Brasil, Portugal, Argentina e Estados Unidos. Músicas autorais com inúmeros parceiros, gravadas e premiadas. Sua Poesia tem sido divulgada em diversos estados do Nordeste brasileiro. Como artista do povo, fez diversas participações no cinema nacional, sendo recentemente um dos destaques do Filme "Returno”, documentário de Vinicius Andrade e Caio Z, que mostra as questões políticas do Brasil, na visão do povo nordestino e sertanejo. Poeta Companheiro, Gosta de recitar poemas nas Passeatas estudantis e dos Sindicatos de trabalhadores rurais e da educação, bem como de declamar poesia nas feiras, nas praças, bares, mercados, perto do povo, dando voz ao mesmo e sendo voz do seu povo.

domingo, 4 de março de 2018

POETA JOSESSANDRO ANDRADE SERÁ PUBLICADO EM PORTUGAL

Foto: Robson Patriota
Da Casa dos Poetas de Sertania para Europa.

É com alegria que comunicamos a todos que  o Poeta escritor de Sertânia Josessandro Andrade  foi selecionado para fazer parte da Antologia Conexões atlânticas que irá publicar Poetas brasileiros em Portugal. Serão publicados dois poemas de sua autoria .