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| Foto: PC Cavalcanti |
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quinta-feira, 29 de maio de 2025
III EXPRESSA BUÍQUE CELEBRA A CULTURA LOCAL E INAUGURA O CENTRO DE CULTURA CYL GALLINDO
quinta-feira, 7 de setembro de 2023
Escritor buiquense Edvaldo Bezerra Doa Exemplares de Seu Livro à Biblioteca do Grupo de Leitores Cyl Gallindo
Por Leonardo Silva*
O talentoso escritor buiquense Edvaldo Bezerra demonstrou seu comprometimento com a promoção da cultura e literatura local ao doar exemplares de seu livro "Venha a nós o teu reino" à Biblioteca do Grupo de Leitores Cyl Gallindo. A generosa doação veio com a condição de que os exemplares sejam utilizados nas ações educativas que o grupo realiza nas escolas da região.
sexta-feira, 12 de maio de 2023
Grupo de Leitores lança 1º Concurso de Redação na Escola Técnica Jornalista Cyl Gallindo
quinta-feira, 14 de abril de 2022
A cidade de Buíque recebeu a II Intervenção Poética Nacional da Transvê Poesias
segunda-feira, 22 de novembro de 2021
UM ACRÓSTICO PARA GRACILIANO RAMOS DE OLIVEIRA, NOSSO AMADO ESCRITOR
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| O escritor alagoano Graciliano Ramos e ilustrações de Aldemir Martins para seu livro Vidas Secas – Fotomontagem: Camila Paim/Jornal da USP com foto do acervo do IEB |
Por: João Paulo Cordeiro
GRAÇAS A ELE SE DEU, POR ESTA
RICA PASSAGEM, COM ELE O
AMOR A CONFIANÇA, O TALENTO
CIRCULADO DE ESPERANÇA,
INGRESSADO EM SUA IMAGEM,
LEITURA TEXTOS CRÔNICA E POESIA,
INDO E VINDO DE BAGAGEM,
AMADO NOSSO ESCRITOR, EM
NOSSO BUÍQUE MOROU,
ONDE VIROU PERSONAGEM.
RICO DE SABEDORIA, DA “INFÂNCIA”
ANCORADO DE RIGOR, COM VIDAS TÃO SECAS,
MOSTROU SEU REAL VALOR,
O NOSSO ETERNO GRACILIANO
SINCERAMENTE CLAMAMOS
NOSSO AMADO ESCRITOR.
DO LAMENTO DO SERTÃO
ESCREVEU COM EMOÇÃO
ROMANCES JAMAIS APAGADOS
“INSONIA” NOITES ACORDADO
“DOIS DEDOS” DE GRATIDÃO.
OH, BALEIA TÃO SOFRIDA
LHE ACERCA FABIANO
INDO E VINDO POR AÍ
“VIDAS SECAS” RETRATANDO
E SINHÁ VITÓRIA COITADA
INCALSAVELMENTE VIVIA, NO
ROMANCE DO SERTÃO
AMOU SEUS FILHOS ENTÃO
ATÉ CHORANDO, SORRIA.
sexta-feira, 19 de novembro de 2021
VELHO RAMOS

Fonte: http://www.multirio.rj.gov.br/
Por: Pedro Ivo Albuquerque
Como escravo que não é dono de sua própria vida,
Como uma rês do cercado de terra alheias
É o pobre vaqueiro entre os currais e colcheias
Quando até o gibão é devolvido na partida.
O aboio que deixava as vacas entorpecidas
Percorria os cantos da mata em sua voz nua.
Sobre o cavalo do patrão e numa vestimenta crua.
Na caatinga amarela pelo poente avermelhada
Os quipás, mandacarus, as cercas e as estradas
Eram as cores e a pintura da seca vida sua.
Aos sábados, as ruas de matutos fervilhavam
E a missa santa aos domingos era celebrada.
Os frequentadores das praças e das calçadas
Debatiam os fatos passados que se renovavam.
E das coisinhas que nos matos se observavam:
A flor de mandacaru que uma vez desabotoa,
Os altos dos montes secos, para lá daquela lagoa
E pelos frios agudos da serra andavam expostas
Figuras solitárias com as mãos atrás das costas,
Em capotes, como urubus arrepiados na garoa.
Em um passado perto, Buíque foi morada
De um gigante das letras e também das linhas.
E no presente estas letras, pelas letras minhas,
Nessas linhas pobres são homenageadas.
Que suas páginas sempre sejam folheadas.
E hoje nós, leitores do Cyl Galindo estamos
Celebrando os cento e vinte e nove anos
Do criador da pequena cadelinha baleia
E da surra que o pobre levou na cadeia:
Do sábio Graciliano, o velho Ramos.
Outubro de 2021
domingo, 14 de novembro de 2021
UM POEMA PARA "GRACILIANO"
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| Fonte: https://blog.estantevirtual.com.br/ |
Por: Agda Araújo
Eu hoje quero parabenizar
esse grande Alabucano,
Que se estivesse vivo faria 129 anos.
Foi um grande escritor,
seu nome eternizou
Falando do sertão pernambucano.
O livro é vidas secas
Sua obra de maior expressão
Premiada pelo mundo
Com grande admiração,
Com muita simplicidade
Firmeza, e verdade
Mostrou o mundo ao sertão.
Porque do Alabucano
A razão vou te contar
Nascido em Alagoas
Criado nesse lugar.
Lugar chamado Buíque
Que eu vou te apresentar.
Buíque é situado
No agreste meridional
Estado de Pernambucano
Lugar sensacional
Lugar que esse artista
Falou dele sem igual.
Seu Sebastião, dona Maria
Os pais de Graciliano
Se mudaram pra Buíque
Quando ele tinha 02 anos.
Por aqui passou alguns anos
Na fazenda pintadinha
Que se chamava maniçoba,
Correndo atrás das galinhas.
Pintadinha até hoje
É bastante visitada
Foi palco de muitas histórias
Por Graciliano narradas,
Vou falar um pedacinho
Das brincadeiras do bichinho
No livro infância citada.
“Eu nasci de sete meses
Fui criado sem mamar
Bebi leite de cem vacas
Na porteira do curral”
Aí vem outra parte
Que ele fala com precisão
É do largo da feira
Ele usa a imaginação.
Sua visão de criança
Bastante sensacional
Fala que o largo da feira
Se parece um tronco de pau.
Na visão de Graciliano
Até muito engraçada
Tem coisas que ainda hoje
Não mudou foi quase nada.
Falo dos dias de feira
Com várias barracas armadas
Carros chegando dos sítios
A rua fica agitada.
E esse largo da feira
É nossa praça central,
É a praça Major França
O nosso cartão postal.
Ele fala de Buíque
Como criança levada
Fala que nossa cidade
Tem uma aparência aleijada
Perna curva, perna estirada
Se você ler esse livro
Vai dar bastante risadas.
Graciliano um grande artista
Que em Buíque passou
Foi um enorme presente
Que a nossa terra ganhou
E para lhe homenagear
Aqui nesse lugar
Biblioteca ele virou.
Escritor de renome
E de grande expressão
Neste dia Graciliano
A nossa gratidão, salve 129 anos
Ao maior escritor do sertão.
domingo, 7 de novembro de 2021
BUÍQUE DE GRACILIANO RAMOS
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| Graciliano Ramos (Foto: Reprodução) |
Por: Irivanize Albuquerque
A Biblioteca Municipal de Buíque carrega o nome de Graciliano Ramos, não apenas por se tratar de uma mera homenagem a um dos grandes nomes da literatura brasileira, mas sim pelo fato de a história deste escritor estar intrinsecamente ligada à cidade, uma vez que o mesmo passou parte de sua infância neste local. Chegado à cidade antes mesmo de completar dois anos de idade, no ano de 1894, vindo de sua cidade natal, Quebrangulo, em Alagoas, o escritor tratou de relatar suas impressões da vida e costumes da “Vila”, conforme retratado em seu livro autobiográfico, Infância.
No livro, além de reproduzir o difícil período de sua vida, descreve com detalhes sobre as personalidades habitantes e lugares que marcaram sua passagem por Buíque, cidade a qual retratou como tendo “a aparência de um corpo aleijado”.
Nos “agudos frios da serra”, seu pai se tornou comerciante, estabelecendo-se no Largo da Feira, atualmente a Praça Major França, praça principal de Buíque, onde, segundo o mesmo, se concentrava a vida social, o comércio, os fuxicos, a leitura dos jornais. Já naqueles tempos a feira era armada aos sábados, movimentando a vila e agrupando as pessoas tanto da cidade como da zona rural.
Na obra, o autor faz menção à diversas famílias “poderosas no Nordeste”, que até hoje permanecem presentes na região: Cavalcantis, Albuquerques, Siqueiras, Tenórios e Aquinos, como também a algumas personalidades com projeção na época, como é o caso do Padre João Inácio, futuro Vigário, o qual pertencia aos Albuquerques, e foi homenageado nomeando a escola pública da cidade. Por diversas vezes, Graciliano tratou na obra sobre os “frequentadores das calçadas”, seus fuxicos, e como eram conhecedores das autoridades da política nacional.
Graciliano se tornou um grande nome da segunda fase do modernismo brasileiro, tratando especialmente acerca do regionalismo, o que ficou evidente em suas diversas obras.
Seu livro de maior prestígio é o famoso Vidas Secas, no qual o autor narra a história de uma família de retirantes formada por Fabiano, Sinhá Vitória, o filho mais velho, o filho mais novo e a emblemática cachorra Baleia. A família procura uma forma de fugir da violenta seca que assola o Sertão nordestino, buscando principalmente garantir a própria sobrevivência. A história traz críticas sociais atemporais acerca da fome, miséria, excessos praticados pelo patrão, atuação arbitrária do Estado.
No dia 27 de outubro de 2021 é comemorado os 129 anos do nascimento de Graciliano Ramos, que além de prestigioso escritor, foi também político e jornalista, publicando obras de grande importância para a literatura brasileira, como São Bernardo, Memórias do Cárcere, Angústia, Insônia, dentre outros.
*Irivanize Albuquerque
Nasceu no dia 11 de julho de 1972 na cidade da Pedra-PE. Morou até seus nove anos de idade no Sítio Fazendinha, município da Pedra-PE. Onde estudou na Escola Municipal João Galindo. Mudou-se para Buíque-PE no ano de 1982.
Filha de Sebastião Venâncio e Maria Alcina. É a 2ª filha do casal que tem mais 6 (seis) filhos. Estudou na Escola Vigário João Inácio, onde concluiu o Magistério em 1991. Em 1996, casou-se com o salgueirense Joao Bosco, e dessa união nasceram 2 filhos: Vitória Luiza e Pedro Ivo. Possui formação em Educação Infantil e Bacharelado em Serviço Social.
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