Por: Beni Dya Mbaxi*
Albert Camus chamou o século XX de “o século dos rancores”. Nascido em novembro de 1913, viveu uma vida relativamente curta e intensa. Morreu em 1960, três anos depois de receber o Prêmio Nobel de Literatura. Já se vão 100 anos de seu nascimento, mas é difícil não pensar em Camus como um intelectual do nosso tempo. Defini-lo é perigoso. A melancolia, a estética noir dos cafés de Saint-German-des-Prés andam lado a lado com a imagem do homem viril, amante da dança, do sol, da Espanha e de algumas das mulheres mais encantadoras de seu tempo, como Maria Casares e Catherine Sellers.
SOBRE O LIVRO: "O estrangeiro" de Albert Camus é um livro com uma linguagem simples e clara, e com poucas páginas e é considerado um dos romances mais famoso do escritor francês. Um livro que no final deixa qualquer leitor a pensar!
MINHA OPINIÃO SOBRE O LIVRO:
É um livro onde encontramos um narrador personagem conhecido como Mersault neste caso o protagonista, e veremos o jovem Mersault no seu próprio olhar como um estrangeiro na sua própria terra e dentro de si. Os primeiros trechos do livro mostram começando o enredo dizendo..." - Hoje a mãe morreu ou talvez ontem, não sei. Recebi um telegrama do asilo "isso não quer dizer nada. Talvez tinha sido ontem". O protagonista não mostra nenhum interesse sobre a morte de sua mãe, e sabemos todos que quando as nossas mães partem, mexem com o interior de qualquer um, mas para Mersault não mexeu em nada, porque por um lado ele se desconhecia. Não é só a morte de sua mãe que o faz se ver como "estrangeiro" posso dizer que tudo para ele é um absurdo, como ele defende, o Mersault passa por momentos difíceis, que levam o leitor a refletir e a se questionar - por que das atitudes frias do Mersault? No meu olhar, o Mersault com desenrolar dos acontecimentos vai manifestando uma saudadezinha com as pessoas que se relacionou, e leva a pensar numa possível epifania, mas fico a pensar numa "Saudade". O estrangeiro é um livro muito interessante e acredito que se reflete muito nos dias de hoje. Por isso, aconselho à todos a lerem este grande livro do autor, que foi prêmio Nobel em 1957.
Voltaremos nas próximas oportunidades com mais Dicas de Leituras.
*Beni Dya Mbaxi, pseudônimo de Bernardo Sebastião Afonso. ovem Escritor Angolano, nascido em Luanda, aos 28 de Maio de 1997, estudante universitário no Curso de Língua Portuguesa e Comunicação, na Universidade Metodista de Angola.
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