A professora Barcellos conta que a ideia de incluir os livros de Mbaxi na grade curricular surgiu a partir de uma conversa com seus alunos. “Eles estavam falando sobre escritores africanos e eu tive a oportunidade de apresentar a obra de Beni Dya Mbaxi. Os alunos ficaram bastante interessados e, por isso, resolvi fazer uma atividade para eles”, explica.
A atividade consistiu na leitura de um trecho do livro “Quando Não Olhas Para Trás”, primeiro romance de Mbaxi. Os alunos tiveram a oportunidade de discutir o texto e produzir um trabalho sobre a obra. “A atividade foi muito produtiva. Os alunos conseguiram compreender a temática do livro e refletir sobre a importância da literatura africana”, avalia a professora Barcellos.
Mbaxi, que nasceu em 1997, é um escritor premiado e reconhecido no cenário literário angolano e internacional. Ele é autor de sete livros, entre romances, contos e ensaios. Sua obra aborda temas como a história e a cultura africana, a desigualdade social e o racismo. Mbaxi também é um defensor da literatura como ferramenta de transformação social. “Acredito que a literatura pode contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, afirma o escritor.
A adoção dos livros de Mbaxi em escolas brasileiras é um importante passo para a valorização da literatura africana. Ela contribui para a formação de leitores mais críticos e conscientes da diversidade cultural do mundo.
Sua carreira literária decolou em 2018, quando publicou seu primeiro livro, "Quando Não Olhas Para Trás". Desde então, ele não parou de surpreender o mundo literário. Em 2019, lançou "A Menina da Burca, Musseque e Outras Reflexões", um ensaio que mergulha nas complexidades da sociedade e da cultura africanas. No ano seguinte, em 2020, publicou "Pensar Fora da Caixa" e "A Última Masoxi", este último conquistando leitores não apenas no Brasil, mas também na Inglaterra, com sua publicação em Londres.
E 2023 parece ser mais um ano brilhante para Beni Dya Mbaxi, com o lançamento de dois novos títulos: "What Does A Black Have To Say?" e "Palesa no Inferno". Sua capacidade de criar narrativas impactantes que exploram temas profundos continua a atrair atenção e elogios da crítica.
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