Luiz Carlos Monteiro*
O relato da convivência entre escritores não é uma tarefa fácil de ser traduzida em palavras, pelo que envolve de exposição do outro. Pode levar a julgamentos equivocados, que se geram a partir de interpretações confusas, falseadas ou desviantes. Entretanto, quando o relacionamento foi estabelecido em bases sólidas de amizade, franqueza e lealdade, o escritor dispõe de uma cota relativa de liberdade para falar sobre aqueles ou aquelas que mais o marcaram. O ciclo das amizades desdobra-se e é elastecido e referendado por outros testemunhos de época, de amigos comuns ao autor e ao escritor ou escritores lembrados.