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| A escritora Júlia Lopes de Almeida, que participou da criação da ABL mas não pode assumir uma cadeira por ser mulher - Reprodução/Fundação Biblioteca Nacional |
RIO - Júlia Lopes de Almeida publicou, entre 1909 e 1912, a coluna semanal “Dois dedos de prosa” no influente jornal carioca “O Paiz”. Na época, ela já tinha lançado os romances “Memórias de Martha”, de 1888, e sua obra mais importante, “A falência”, em 1901. No final do século XIX, fez parte do grupo de intelectuais que fundou a Academia Brasileira de Letras (ABL), em julho de 1897. Apesar de seu nome constar na lista publicada pelo futuro acadêmico Lúcio Mendonça em “O Estado de S. Paulo”, seis meses antes da fundação da casa, ela foi preterida por ser mulher, e sua vaga ficou com seu marido, o poeta Filinto de Almeida. Seu nome foi, assim, apagado da história da literatura brasileira, junto aos de outras importantes escritoras do final do século XIX e o início do XX.
