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Coco de praia, coco de trupé, samba de coco, coco de roda, coco de São João. São muitas as modalidades desta batida que acontece em diversas partes de Pernambuco. O que dá a união do coco, seja por quem ou por onde seja feito, é a pisada. E o povo, claro. Coco é música e dança do povo, feita no chão, no terreiro. É com o objetivo de mostrar toda diversidade dessa cultura que anualmente o Governo de Pernambuco tem promovido o Encontro Estadual de Coco. Na edição deste ano, trinta e um grupos irão se apresentar, de sexta (6) a domingo (8), na Torre Malakoff (Bairro do Recife).
Para o secretário de Cultura Marcelino Granja, o coco de roda representa ainda a resistência da cultura tradicional para salvaguardar uma brincadeira que é secular em Pernambuco. “Ao Governo de Pernambuco cabe garantir a brincadeira e sua representatividade, ou seja, dar espaço para os mais diversos grupos, as mais diversas vozes e batidas, do litoral ao sertão, que estão trabalhando ao longo do ano para o fortalecimento dessa manifestação”, diz Marcelino Granja.
A seleção dos grupos aconteceu de forma democrática, por meio da mesma convocatória que selecionou os artistas que participaram da grade do Carnaval 2018 de Pernambuco. “Garantimos a participação de artistas de praticamente todos os estilos do coco, de todas as regiões. Temos grupos de Recife, de Olinda, de Arcoverde. O Encontro não deixa de ser ainda um mapeamento do que está sendo feito em Pernambuco dentro deste gênero tão rico que é o coco, servindo não só aos brincantes e ao público em geral, mas sendo também um recorte histórico desta brincadeira para pesquisadores que se interessarem em conhecer os representantes dos variados estilos do coco, em Pernambuco”, diz Márcia Souto, presidente da Fundarpe.
Foto: Jan Ribeiro / Apresentação do Coco Raízes de Arcoverde |
Márcia destaca que o evento foi construído ainda em diálogo com importantes entidades que cuidam da salvaguarda do coco, a exemplo da União Olindense do Coco de Roda Pernambucano, comanda por Mestre Pacheco Cantador, que reúne hoje vinte e três grupos de coco do Recife, Olinda e Cabo. “Esse encontro nasceu em Olinda e depois se ampliou para ser de todo estado. Para a cena do coco é uma conquista muito importante ter o reconhecimento do Governo, que passa a entender que essa é uma música do povão. Você vê a identificação do povo com o coco, uma música popular, que todo mundo canta”, diz Pacheco.
Foto: Jan Ribeiro / Coco do Pneu também compõe a programação. |
Segundo o artista, uma das preocupações dos grupos que fazem coco hoje no estado é que as sambadas sejam mantidas ao longo do ano, e não apenas no Carnaval. Para ele, o Encontro contribui para a organização dos grupos, e incentiva que eles mantenham suas atividades em outras épocas. “A grande maioria dos grupos desse encontro já tem essa força de não esperar só os eventos para manter a tradição nas suas comunidades”, diz o artista e produtor.
SERVIÇO:
ENCONTRO ESTADUAL DE COCO 2018
QUANDO: Sexta (06), sábado (07) e domingo (08)
ONDE: Torre Malakoff (Praça do Arsenal, Bairro do Recife)
Entrada gratuita
PROGRAMAÇÃO
SEXTA-FEIRA (06)
17h – Grupo de Coco Infantil Sabrina do Coco
17h30 -Grupo Cultural Indígena Fetxhá
18h – As Netas de Selma do Coco
18h30 – Coco Vermelho
19h – Coco de Praia
19h30 – Coco do Mestre Zezinho
20h – Coco de Pneu
20h30 -Coco Chinelo de Ia Ia
21h -Mestre Jujuba do Coco
21h30 -Dona Del do Coco
SÁBADO (07)
17h – As Filhas do Coco
17h30 – Mestre Beto Santos e Coco Pé no Chão
18h -Coco do Mestre Juarez
18h30 -Gervásio do Coco
19h -Grupo Pedagogia do Coco
19h30 – Coco de Pontezinha
20h -Grupo Coco de Fulô
20h30 -Samba de Coco das Irmãs Lopes
21h -O Coco e a Resposta
21h30 -Adiel Luna
DOMINGO (8)
16h30 – Grupo de Coco Raízes
17h – Coco de Roda Raio de Luz
17h30 – Coco de Roda Popular de Fortaleza
18h -Coco de Seu Mané
18h30 -Coco de Roda Panela de Barro
19h – Batuque das Morenas
19h30 -Arnaldo do Coco
20h -Pacheco Cantador
20h30 – Mano de Baé
21h – Cila do Coco
21h30 -Coco do Amaro Branco
Fonte: Cultura.Pe.Gov
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