I
Segue o teu destino,
Pega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas,
O resto é sombra
De árvores alheias
II
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós próprios.
III
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente
Deixo a dar nas aras
Como ex-votos aos deuses.
IV
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.
V
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.
Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de junho de 1888 — Lisboa, 30 de novembro de 1935), foi um poeta, escritor, publicitário, astrólogo, crítico literário, inventor, empresário, tradutor, correspondente comercial, filósofo e comentarista político português.
Fernando Pessoa é o mais universal poeta português. Por ter sido educado na África do Sul, numa escola católica irlandesa, chegou a ter maior familiaridade com o idioma inglês do que com o português ao escrever os seus primeiros poemas nesse idioma.
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Dica de: Clara Peixoto
Texto de: Fernando Pessoa
Postagem de: Leonardo Silva
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