A CIDADE DE BUÍQUE RECEBERÁ ETAPA 2017/2018 DO SONORA BRASIL, COM APRESENTAÇÃO DO GRUPO COCO DO IGUAPE/CE

O Projeto Sonora Brasil aportará em Buíque neste dia 20/07, mais precisamente no Sesc Ler, onde teremos a oportunidade de prestigiar a apresentação do Grupo Coco do Iguape (CE). Desde já, convidamos os apreciadores da Cultura, para estarem presentes em mais uma Etapa do Sonora Brasil, a apresentação terá inicio a partir das 20h00. O Projeto "Sonora Brasil" - Formação de Ouvintes Musicais é um projeto temático que tem como objetivo incrementar programações identificadas com o desenvolvimento histórico da música no Brasil e consolida-se como o maior projeto de circulação musical do país.


Suas principais características é trabalhar com temáticas que visam difundir programas consistentes, efetivamente culturais, identificados com o desenvolvimento histórico da música no Brasil, dos primórdios aos tempos atuais e também promover novos hábitos de apreciação musical, com apresentações de caráter essencialmente acústico, que valorizam a pureza do som e a qualidade das obras e de seus intérpretes.

COCO DO IGUAPE

Aquiraz fica a 30 Km de Fortaleza, no litoral cearense, e a Praia do Iguape, localizada neste município, que foi a primeira capital do estado do Ceará, é onde moram os integrantes do grupo. Eles praticam a pesca artesanal, principal atividade econômica da região, e são liderados pelos mestres Raimundo da Costa, que desde os dez anos de idade, como ele mesmo conta, pratica o coco de embolada e Chico Caçuêra.

Segundo pesquisadores, o Coco do Iguape tem uma característica peculiar que é o andamento mais acelerado e uma dança mais “pulada”. Como outros cocos do litoral, o grupo se apresenta descalço, como os pescadores costumam andar. A vestimenta é feita artesanalmente com o mesmo tecido usado nas velas das jangadas e tingida com a tinta retirada da casca do cajueiro azedo, árvore encontrada na região.

Os instrumentos utilizados pelo grupo são o caixão (espécie de Cajon), que é feito de madeira em forma de caixa, permitindo que o tocador fique sentado sobre o instrumento, e o ganzá, espécie de chocalho feito com latas reutilizadas, ambos fabricados pelos próprios integrantes. O triângulo, pouco encontrado em grupos de coco, foi inserido a partir de influências externas.

Na pisada dos cocos
Coco de roda, samba de coco, coco de zambê, coco de pareia, coco furado, coco de embolada...são muitas as variantes que justificam a denominação “cocos”, sempre no plural. Na pisada dos cocos apresenta variantes desta expressão lítero-cênico-musical típica da região Nordeste do Brasil trazendo dois grupos que praticam cocos do litoral e dois do interior. É uma prática coletiva que envolve, na maioria das vezes, grupos mistos, formados por homens e mulheres, que são encontrados em áreas urbanas e na zona rural, inclusive em aldeias indígenas e comunidades quilombolas, onde a dança e a música, integradas, estão presentes nos terreiros, nas festas populares e em ritos religiosos. Cantadores e dançadores são acompanhados ora por instrumentos de percussão como bumbo, ganzá, pandeiro, caixa, etc, ora por palmas ou pela batida dos pés que marcam o andamento, simulando a pisada que prepara o chão batido, atividade praticada nos mutirões a qual se atribui esta característica da dança. Circulam pelo Sonora Brasil os grupos: Coco de Zambê (RN), Samba de Pareia da Mussuca (SE), Coco do Iguape (CE) e o Coco de Trupé (PE).

Informações: Setor de Cultura do Sesc Ler Buíque
Postagem de: Leonardo Silva

Comentários