Por Leonardo Silva
No cenário cultural de Minas Gerais, a cidade de Leopoldina recentemente se destacou ao celebrar os 140 anos do renomado poeta Augusto dos Anjos, autor da icônica obra "Eu". Em homenagem ao legado do escritor e aos 110 anos de seu falecimento, a Prefeitura de Leopoldina, com o apoio da Academia Leopoldinense de Letras e Artes (ALLA), organizou a tradicional Semana Augusto dos Anjos, que incluiu a final da 33ª edição do Concurso Nacional de Poesias.
Neste ano, o concurso reuniu mais de mil inscrições de poetas de todo o Brasil, refletindo a importância e o prestígio deste evento literário. Dentre os trinta finalistas, quinze competiram na categoria Soneto e outros quinze na categoria Poesias. Um dos destaques foi o poeta e professor Carlos Alberto de Assis Cavalcanti, natural de Pedra e cidadão de Arcoverde, que leciona na área de Letras no Centro de Ensino Superior de Arcoverde (AESA), em Pernambuco.
Carlos Alberto de Assis conquistou o segundo lugar nacional na categoria Soneto com a obra "Sobre um Quadro de Caspar D. Friedrich". Sua trajetória no universo literário é marcada por uma presença ativa em várias academias de letras e artes, como a Academia Brasileira de Sonetistas Clássicos (ABSC), a Academia Brasileira de Sonetistas (ABRASSO), e a Academia de Letras e Artes do Nordeste (ALANE), entre outras. Ele também atua como Delegado Municipal da União Brasileira de Trovadores (UBT).
Essa conquista representa não apenas o reconhecimento de um talento literário, mas também a valorização da produção poética nordestina em eventos de âmbito nacional, como o Concurso Nacional de Poesias de Leopoldina.
Carlos Alberto Cavalcanti
“O CAMINHANTE, SOBRE O MAR DE NEVOEIRO”,
se vê sobre o rochedo a olhar a natureza,
e há muita névoa espessa em contraste à dureza
da rocha em que seus pés pisam solo grosseiro.
Não é um alpinista e nem conduz veleiro,
contempla tão somente a face e a realeza
do quadro e a nostalgia a ele em sutileza
presente em cada traço a ele por parceiro.
Talvez disfarce a dor da solidão dos dois,
a dele e a da pintura exótica e embaçada,
a dupla face hostil da vida sufocada.
Espera que haverá um sol logo depois
ea clara luz dissipe aos dois os dissabores:
o artista pinte alegre e o homem veja as flores.
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